quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

 


A ciência e a fé

 

            Ao contrário do que muitos imaginam a ciência e a fé nem sempre foram “inimigas”, aliás, nunca deveriam ser. Até a idade média, período em que a religião católica exercia grande influência na política, na educação e na sociedade em geral, o estudo de Teologia era disciplina obrigatória nos principais cursos de medicina.

            Com o advento da Renascença em meados do sec. XIV o pensamento medieval dá lugar ao humanismo, isto é, na prática o conceito teocêntrico (Deus e a igreja no centro) dá lugar ao antropocêntrico (o homem no centro) momento em que a voz da religião enfraquece, a teologia deixa a universidade secular e a ciência é alçada ao patamar de destaque.

            Com a chegada do Iluminismo na França no Sec. XVII, pensadores como Voltaire, Montesquieu e Rousseau influenciaram a Europa enaltecendo a razão e a ciência acima da fé; no chamado “Século das Luzes” estava aberto o abismo entre a ciência e a fé, um litígio causado pela filosofia e, principalmente, pela busca do poder.

            Em meio a crise entre entre filosofia e ciência de um lado e religião católica e fé do outro, sob a batuta de Lutero e Calvino eclode a Reforma Protestante na Europa a partir da Alemanha no Séc. XVI. Com o surgimento da fé cristã protestante, apesar de pequena, houve uma reaproximação entre ciência e fé, onde a razão dava lugar a Escritura!  

            Segundo a Bíblia Deus é o Criador, não só dos homens, mas também da terra e de tudo o que nela há! (Sl 24:1) Portanto, ao invés de adversária a ciência deve andar não acima, mas ao lado da fé, sendo também instrumento de cura para os homens criados pelo ETERNO em sua semelhança. Eu creio na ciência porque primeiro creio em Deus!  


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