Espírito
de Fariseu
Nos
tempos bíblicos, sobretudo, na época do Novo Testamento, ser Fariseu era algo
nobre. Surgidos no Séc.II aC, os Fariseus compunham uma elite, um partido
político religioso em Israel. Criadores das Sinagogas judaicas, zelavam pela
Lei, isto é, pela Torah, eram considerados, na origem da palavra, os
“separados”, a legítima comunidade dos santos.
Ao
longo dos anos, o respeito adquirido junto a sociedade foi se perdendo... Com o
início do ministério público de Jesus, com o estabelecimento do cristianismo,
os fariseus deixaram de ser reconhecidos como homens santos e separados, os
intérpretes da Lei dada por Deus a Moisés, para serem taxados de hipócritas,
mesquinhos e frios.
O
Novo Testamento Bíblico, registra vários embates entre Jesus, seus discípulos e
o Apóstolo Paulo com os fariseus. Sim, por eles os seguidores do cristianismo
foram perseguidos, expulsos, mal interpretados, vistos como uma seita. Para
piorar o quadro, os fariseus acabaram se corrompendo, trocando sua influência
religiosa por favores políticos.
Uma
tragédia! Mas... Como uma agência com o ideal nobre, portadora da Lei Mosaica,
pode se corromper? Então... Como homens de bem, letrados, maduros e religiosos,
puderam se afastar tanto da verdade? Simples... Os fariseus, infelizmente,
foram vencidos pelo tradicionalismo, pela ganância, pelo poder, perdendo a
essência do seu chamado...
Assim
como os fariseus, você e eu podemos perder nossa condição de “separados”, nosso
caminho pela santificação. Ao priorizar regras, coisas, títulos, estruturas,
templos, liturgias, enfim, pedra ao invés de gente, também podemos ser vencidos
pelo fanatismo, passando a aplicar a Bíblia na vida do outro, nunca na nossa. Não ressuscitemos este pobre espírito....
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