Deus é livre!
Ao longo das páginas da Bíblia, acompanhamos o
labor de grandes homens e mulheres tementes a Deus, gente empenhada em
descrevê-lo. Porém, qual a melhor maneira de escrever ou discorrer na esfera
natural, sobre um SER espiritual, sobrenatural e transcendental? Como formatar um SER ilimitável, invisível,
essencialmente divino ?
Em busca destas respostas, nasce o pensamento
religioso. A religião, nada mais é, do que a tentativa de “enquadrar” Deus,
buscando compreendê-lo, através de conceitos e princípios humanos; do latim
“religare”, a busca por “detê-lo”, “retê-lo”, quem sabe, até “prendê-lo,”
dentro do espaço limitado da compreensão humana...
Seja no Antigo, seja no Novo Testamento, Deus e
a religião parecem nunca ter trilhado os mesmos caminhos... A Lei, pelo Senhor
fornecida a Moisés, de conselhos para o viver prático, de bússula para uma
correta orientação à respeito do divino, pelos hebreus acabou transformada em
um fim em sí mesma; isto é, de manual
passou a objeto de adoração...
Com o advento de Jesus, vindo definitivamente
ao mundo dos homens, o Deus Emanuel, agora conosco, não se permitiu ser aprisionado
pelas regras, pelos sacrifícios e pela doutrina dos religiosos. Ao censurar os Escribas, os Fariseus, os
Saduceus, enfim, a religião da sua época, Cristo gritava por seu direito de ser
livre, por deixar o homem acima da instituição
A palavra decreta! “Deus é espírito, que sopra como,
onde e sobre quem ele quiser”. O Deus da
Bíblia, revelado em Jesus, esteve mais à vontade entre pecadores, prostitutas e
ladrões, do que entre religiosos... Deus não pode ser preso em uma “gaiola”
filosófica, teológica, religiosa, científica ou denominacional; ELE não possui
bandeiras, Deus é livre!
Infelizmente cada um querendo moldar Deus aos seus próprios interesses ou concepções.
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